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Dever cumprido na Meia Maratona Sport Zone, considera Jorge Teixeira

18.09.2018

Mais uma edição da Meia Maratona do Porto Sport Zone, a 12ª da já muito relevante história do evento, se escoou ontem entre as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia, e mais uma vez ficou a sensação inequívoca de que tudo continua a correr muito bem e, já agora, muito depressa, falando em termos estritamente atléticos, entre as duas margens do Douro.

Para fazer um balanço da corrida, e de toda a sua envolvência, não haverá ninguém melhor do que Jorge Teixeira, Diretor Geral de Eventos da Runporto, e líder de toda uma equipa já muito rotinada, e de elevada competência, que está por detrás do evento.

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“Encaro sobretudo a corrida de ontem como mais uma em que o dever foi cumprido”, diz logo de entrada Jorge Teixeira. “Continuou a ser possível realizar esta Meia Maratona com enorme vitalidade e foi de novo mantido o compromisso, perante as cidades do Porto e Gaia, e perante o País, de termos uma prova de grande categoria internacional, com muito bons resultados técnicos e elevadíssima participação, e que assim concorre à obtenção da classificação oficial de grau de bronze para provas de estrada da Federação Internacional de Atletismo”, continuou.

“Por exemplo, quanto aos resultados da elite eles foram bons, mas há que atentar que para estar no topo do mundo é necessário um investimento enorme. O recorde do mundo da maratona de ontem em Berlim custou 1,5 milhões de euros à organização, o que aqui para a nossa Meia Maratona significaria um orçamento para mais de dois anos. Mas não só os resultados dizem muito do evento. As pessoas que participaram ficaram muito satisfeitas, pelo que ouvi, vi e li, em especial nas redes sociais, todas as opiniões foram favoráveis. As pessoas também vêm cada vez mais bem preparadas, ninguém foi parar ao hospital, há uma sensação clara de que tudo é feito com segurança. O tempo enevoado, mas ameno que se fez sentir, com temperaturas entre os 17oC e 20oC, igualmente ajudou a que tudo corresse bem, tornando a jornada muito agradável”.

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Do ponto de vista das novidades, Jorge Teixeira não quis deixar de fazer relevar a participação do grupo espanhol Egoísmo Positivo. “O esquema que eles usaram foi brutal, no melhor sentido da palavra. Organizaram tudo com um planeamento e faseamento fabulosos. Chegaram devidamente equipados um pouco antes da corrida começar e foram andando na frente, constituindo o primeiro público que a prova teve. Depois foram fazendo toda a digressão ao longo do percurso para fechar o leque de participantes na meta. Foi de tal ordem que um dos participantes em cadeira de rodas disse mesmo que parecia que o dia iria ser aquele em que voltava a andar...”

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E uma vez mais os favoritos não ganharam

Já costuma ser um lugar comum, mas mais uma vez pode ser dito – numa grande prova de estrada muitas vezes os favoritos teóricos não ganham. E voltou a ser assim ontem, na Invicta. Nenhum dos melhores atletas masculinos, sobretudo dos que tinham recordes pessoais a menos de uma hora, se chegou à frente. O melhor na meta acabaria por ser o ugandês Geoffrey Kusuro (59m43s de máximo pessoal), com um quinto lugar em 62m21s. Já Titu Mbishei (melhor de 59m55s) acabaria por ser o pior dos africanos que terminaram, em 12º lugar.

Ganharia, ao invés, um quase desconhecido, Mike Kiptum Boit. Fora nono a 1 de abril na maratona de Daegu, na Coreia do Sul, com a boa marca de 2h11m25s e trazia na meia maratona uma marca pessoal de 62m16s para a Invicta. Era dos menos bons dos africanos, mas de cá saiu com 60m53s, um belo recorde pessoal, e decerto a Meia Maratona do Porto (como a Maratona, de resto) se tornou a primeira montra mundial para um futuro excelente atleta.

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No lado feminino não foi bem o mesmo que se passou, mas também a maior favorita não ganhou. Num embate entre quenianas, arbitrado a alguma distância pela ugandesa Juliet Chekwel (terceira), Sharon Cherop, que detinha uma marca pessoal (67m08s) quase dois minutos à melhor sobre Susan Jeptoo, e uma marca deste ano (68m22s em Paris, a 4 de março) também muito superior, acabaria por não conseguir escapar à sua rival e perdeu nos metros finais, por três segundos (71m06s a 71m09s).

Quanto aos portugueses, não houve grandes novidades. Com Rui Pedro Silva a fazer apenas de lebre no início da prova, seria Luís Saraiva (SC Braga) o melhor, em 13º lugar, com 67m23s. O bracarense tem sido uma revelação dos últimos anos, mas muito intermitente, a ver vamos se este é o tiro de partida para uma temporada de cabal afirmação nacional.

Nas mulheres, Mónica Silva correu em ritmo de treino e seria com lógica Susana Godinho (Sporting CP) a melhor lusa, em sétima com 78m47s, e com mais de cinco minutos de vantagem sobre a sua imediata, Andreia Cunha.

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